terça-feira, 10 de outubro de 2017

365 dias ou 8760 horas, como preferires

Não sei, não me perguntes. Aliás, nem sequer te saberia responder, mesmo que perguntasses. Passou um ano, passaram 365 dias, passaram 8760 horas, é como tu preferires. 

Após teres apanhado esse comboio que te transportou para um mundo alternativo ao nosso, acho que tudo ficou um pouco mais escuro, sabes? Tudo foi perdendo a cor aos poucos. Eras a cor que preenchia a tela que é este local em que habito. Sempre foi um privilégio poder orgulhar-te.

Nos teus olhos eu sentia vivacidade, e orgulho de tudo o que vivias e que outrora tinhas construído.

Melancólica é esta saudade que sinto do teu cheiro, da tua presença, dos teus conselhos sábios, da tua voz carinhosa, do teu saber estar, da tua calma e pacificidade, de ti.

Não foste a mera representação de uma simples figura paternal, foste muito mais, foste tudo isso e mais alguma coisa, foste força, foco e fé, tudo isso, num só.

Sinto-te presente, mas não te sinto, e pelas palavras desabafo ofegante, aliviando o que vou sentindo. 
Prometo-te, com todas as minhas forças que te vou orgulhar, quer passem 365, 730, 1460, quer passem os dias, que passem, eu vou-te orgulhar.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Anjos da guarda

Mãe, Pai. Como agradecer a Deus por me ter abonado de forma tão rica, ao colocar-vos na minha vida? Acho que todos os beijos, todos os abraços, acho que nada disso será gratificante o suficiente para vos agradecer por tudo o que fizeram e fazem constantemente por mim.

Não sei descrever este sentimento incandescente que perpetua dentro de mim, dia após dia, hora após hora, momento após momento. Vocês representam a formulação de felicidade para mim, o sangue que me corre nas veias, o sentido de vida. Em mim permanece cada lição que por vós, me foi entregue, e, de cada uma dessas lições retiro um sentido próprio e imortal para repassar da mesma forma aos vossos futuros netos, e que Deus queira, bis-netos, tris..... Oh, quem me dera.

Em mim, prontifico estas lições ao longo de cada caminhada, e, talvez um dia sinta o orgulho e preocupações que vocês sentem em relação aos vossos filhos, porém, por agora, a única coisa que posso por vocês é fazer de vocês orgulhosos, a cada passo dado.

Nunca será suficiente, mas também nunca será de mais agradecer-vos: Obrigado.

André Brás

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Encontrei-me! Ops. Perdi-me novamente.

Já repararam que decifrar o que alguém está a pensar, só por si já é uma tarefa incodificável? Durante toda a minha vida me questionei. Sou um pensador nato, e quando digo, nato, utilizo o sentido literal da palavra: “nato”;  Sinto que fui feito para isto: Pensar. Surge dentro de mim uma eloquência de pensamentos, sejam eles positivos ou negativos, surgem como a tão esperada fase sazonal animalesca. É certo o acontecimento. Acreditem quando vos digo, poderia escrever um prédio de 5 andares com pensamentos refutados de todas as perspetivas, incandescentemente abalroados pela contradição dos meus 5 sentidos.


Um constante problema bem presente no nosso quotidiano, é, e será sempre a nossa tentativa em vão de decifrar algo ou alguém, quando ainda nem a nós nos conseguimos decifrar. Porquê? Tendemos em cair nesta circunstancial armadilha imposta pela vida, que nos leva a tumultos que friccionam a nossa vivência, momento após momento. Quem és tu? Já te questionaste? O que fazes por aqui? Eu já me questionei.


Questiono a cada dia que passa, questiono cada passo dado, cada momento exclamante. Serei só físico? Existirá algo mais do que isto? Imponho estas questões sem sucesso constantemente, em busca de respostas oportunas que façam valer esta constante curiosidade obscena que vive dentro de mim.
Dúvidas essas que surgem numa corrente fluente, de recordações, que emergem no leito da nossa morte, e que, de forma enaltecedora nos abrem caminhos para respostas que procurámos grande parte da nossa vida. Questiona-te, faz-te bem.

Amor perplexo

Nunca nos imaginamos numa situação casual no que toca a este tão referenciado assunto, que é o amor. Pensando a fundo, é possível entender que tendemos sempre a ter uma imaginação frutificante, achando que será tudo como uma mera cena clichê de filme, um género de titanic “dos olivais”. Tendemos sempre a percecionar inconscientemente uma ação indubitável, achando que qualquer ato tomado pela nossa pessoa será sempre correto, pois, perseguindo a máxima do amor, toda e qualquer a circunstância que seja, à qual a ação foi tomada, será sempre correta. Erramos, e erramos fortemente.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

O Karma deu-me a volta...

Talvez tenha partido de mim, esse erro tão obsceno de ter falhado... Sim, só pode ter sido isso. Os últimos tempos refletem um paradigma de ações que fizeram sofrer outras mentes, que não a minha. Saí bem, deixei alguém mal. Sei reconhecer isso. Ando em busca de uma felicidade alternativa(?)... Não saberei nunca explicar o que é. O sentimento está cá dentro, mas, sentimento esse que me terá desfocado os objetivos que tracei sem pensar em qualquer tipo de "E se?". Agora penso, penso mais do que nunca. Penso mais do que nunca, será que? Conseguirei? Não! Não posso.

Preciso de foco, preciso de mim, preciso de querer isto, vou fazer por isso... São estes mil e um pensamentos que me ocorrem numa larga escala de areais psicológicos. Não sei bem explicar, é difícil, eu costumava ser uma pessoa de certezas com toda a autoestima necessária para agir. Ultimamente? Não sei.. Não sei quem sou, não me consigo focar ou descobrir o que faço por aqui. Ando perdido numa nuvem de consequências de atos anteriores, que, me arrependo.


Mas, acredita, primeiro estou eu, primeiro estarão sempre os meus objetivos, e, não vou de forma alguma deixar que este Karma continue a atingir-me. Chega, parou! Primeiro eu, primeiro a minha realização pessoal, para que, no fim de contas, se "tudo" não correr bem, que algo corra.


quinta-feira, 20 de abril de 2017

Construtivo ou Desconstrutivo?

Podemos tentar prevalecer indiferentes a uma crítica que parte do próximo, mas, nunca saberemos como relatar o misto de emoções sentido ao sermos alvo disso mesmo. Tentamos conectar o nosso subconsciente com algo um pouco problemático, a que chamamos de “emoções”. Em nossa defesa, resguardar todas as emoções sentidas é algo, dito de fácil. Mas, e se não o fosse? E se fosse um periodo de ceticismo indiferente à alma trágica que parte dentro de nós? Resguardando o que sentimos, tentamos proteger o que há dentro de nós, a amálgama periódica que vive incandescentemente dentro de nós. De uma palavra surge outra, dessa outra surgem outras cem, dessas cem surge um plano traçado de ações a serem tomadas, tudo isto só com o pesar da mão em cada tecla que se esboça num mísero teclado, em que somos confrontados com a questão: Será que receberei uma crítica construtiva ou desconstrutiva? Será que pesa em mim o sentido de saber qual das opções é a mais viável para um ser tão indiferente a precoces atitudes tomadas? Assim o deixo pairando num pensamento imenso.... Será...

Sociedade ou Paradigma? Ambos?

O que me foi dito é que teria sido de facto algo construtivo, algo que tivesse o objetivo de me fortalecer, enquanto membro desta sociedade manipulada por míseras tecnologias que enforcam cada vez mais os sentimentos que ainda podem ser expressados por nós, tão pequeninos seres-humanos. Porquê? Essa é a dúvida que paira, pois, seremos assim tão fáceis, tão inúteis, que com o acompanhar desta sociedade, dita de “evoluida”, nos prendamos de tal forma que não sejamos mais capazes de expressar um “mísero” sentimento? E reforço, mísero”, porquê? Porque ambos sabemos, eu, e tu enquanto leitor/a, não há nada de mísero num sentimento. Quer seja ele positivo ou negativo. Temos o propósito de nos expressar, e, no fim de contas, o que quero dizer é que já não somos capazes de fazê-lo a não ser de forma virtual. Porquê? Penso que não se trata de cobardia, nunca se tratou. Trata-se sim, de preguiça. Nós, ditos de “humanóides”, tornámo-nos preguiçosos, preguiçosos ao ponto de não nos sabermos expressar ou demonstrar o que temos dentro de nós para dar. Vivemos numa sociedade tumultuosa, e, é preocupante, muito preocupante.
Mas, no fim de contas, e ao pesar toda esta manipulação que parte das tecnologias dentro de nós, temos não só de saber lidar com os outros, mas, connosco próprios, e, a tarefa mais difícil será mesmo lidar connosco próprios, porquê? Porque só nós temos as respostas necessárias para enfrentar os problemas que surgem no nosso quotidiano.
Somos fortes, tenho fé.  

segunda-feira, 20 de março de 2017

Uma terra de vastas memórias

Sou um ser estranho. Consigo encontrar inspiração nas coisas mais estranhas desta melancólica vida. Porém, existe uma coisa que faz surgir em mim uma aprazível inspiração, de facto, nada estranha: o meu querido Barreiro...

Não sei explicá-lo, mas, ao pensar nesta "pequena" terra, sinto uma enorme euforia e vontade de me expressar, ademais, sinto uma fonte inspiracional de pensamentos e palavras que surgem de imediato.

Esta cidade repleta de história e feitos terá surgido de uma simples aldeia ribeirinha, tendo sido bastante importante para os Descobrimentos Portugueses. Hoje em dia é possível verificar-se uma expansão cada vez mais aberta que nos deixa perplexos só de assistir a cada passo dado.


Desde a evolução industrial, à evolução dos transportes, ao conceito regional entregue, tudo está em crescente ascenção entre esta porta de ligação à nossa tão querida capital: Lisboa. O Barreiro integra atualmente cerca de 78 mil habitantes, contando com os mais variados patrimónios que nos deixam boquiabertos, tais como a estátua Alfredo da Silva, o Palácio da Cerca, o Moinho de Vento do Esteval, e muitos outros.                                                                  
Igreja da Misericórdia do Barreiro

Já sentiram orgulho só de pensar numa "pequena coisa" que abrange tantas outras? É o que um jovem de 17 anos, sente neste momento, orgulho do sítio em que reside. O Barreiro representa uma porta para os jovens, com iniciativas para todas as idades, sempre pensando na população.

Percebem o porquê de eu sentir tanto orgulho, nesta "terrinha"? Eu nasci, cresci e vivo aqui, este local é fruto de orgulho e motivação para mim.

 Praia do Barreio (Porta de ligação a Lisboa).

 Moinho de Vento do Esteval

 Convento Madre de Deus da Verderena

quarta-feira, 15 de março de 2017

Agradar a Gregos ou a Troianos?

Esta, é sem dúvida uma questão com pertinência de importância significativa. Já vem ao de cima há muito tempo, e, sem que nos apercebamos todos cometemos este mesmo erro: Tentar agradar a Gregos e a Troianos.

Para quem não conhece ou percebe esta expressão popular, passo a explicar: "Agradar a Gregos e Troianos" - uma das artes do ser-humano de tentar, por ventura, agradar a toda a populaça. Somos seres meticulosos, cada um com a sua própria característica de o ser, mas, em alguma fase da nossa vida iremos cair no erro de tentar agradar toda a gente.

Porquê? Ora, porque como é óbvio, todo o ser-humano, indiscutivelmente, gosta de sentir um apreço e agrado geral.

Errado! Esse é um dos sentimentos em que seremos apenas capazes de vivenciar algumas vezes durante a nossa vida.
Somos alvo de crítica diária sem que nos apercebamos disso, e, continuamos a ser como somos, sempre.
Precisamos de entender que será impossível agradar a todos, será impossível generalizar uma opinião positiva em relação à pessoa que somos, e às atitudes que tomamos. Apesar de sabermos diferenciar o bom do mau, dentro do bom existirá sempre algo de mau a pegar em nós e a degradar-nos psicologicamente.

O que fazer? Simples... Precisamos apenas de saber viver à nossa própria maneira, da forma mais comoda e pacata que conseguirmos, é essa a nossa função enquanto podermos induzir os nossos pensamentos e ações em momentos positivos.
Concluindo que, será sempre impossível agradar a Gregos e a Troianos, pois, a nossa mente é a junção de ambos, e, no final do dia, a única pessoa a quem temos de agradar, somos nós mesmos.



domingo, 5 de março de 2017

A frieza aos olhos de quem te viu passar

Vi-te passar, sabes? Vi-te passar a cada dia pela minha vida.
Passaste, vieste e foste... Fizeste-me ter uma noção bem concreta de tudo isto, sabes?
Tinha tanto para te perguntar, tantos dogmas desta sociedade em que vivemos para discutir contigo, tantas conversas tardias para partilhar contigo, tantos momentos dignos de um bom copo de vinho requintado, tantos momentos paralelos e sentidos. 

Agradeço, mas agradeço sem ter a noção do quanto agradeço, e, enquanto cristão que sou, peço a Deus a tua guarda, a tua felicidade aí por cima.. Continuo a dizer-te sempre, havemos de nos reencontrar, se não aí em cima, numa futura vida, quem sabe? Mas, acredita, estou seguro que nos havemos mesmo de encontrar. Não me perguntes porquê, não sei, sinto isso mesmo. 

Passaste por mim durante 17 anos, tomaste conta de mim por 17 anos, fizeste de mim quem sou hoje, e tenho uma imensa gratidão por assim ter sido.

As nossas conversas, os nossos momentos, bons ou maus, todos ficaram por aqui, presentes, enquanto memórias pousadas num interior refletido em atitudes praticadas diariamente que mudaram a minha forma de ser, que me fizeram ser uma pessoa cada vez mais sábia, cada vez mais distinta deste mundo tão monótono.


Vemo-nos por aí...
E como tu sempre dizias, sempre que nos despedíamos, para eventualmente podermos desfrutar de uma boa conversa tardia: "Até sempre"... Nunca to disse, mas nunca gostei dessa expressão, talvez por ter medo de enfrentar essa mesma realidade, a cruel realidade de não saber quando teria a possibilidade de te ver.

E, assim foi, tive de enfrentar essa realidade, tentando interiorizar que onde quer que estejas, estás bem. Obrigado,
Um abraço "lela".




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